segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Reprodução


Reprodução

     É a capacidade dos seres vivos de formar novos seres da mesma espécie. Pode ocorrer pelo aumento do número de indivíduos ou por modificações genéticas.

Tipos de Reprodução
"Reprodução" assexuada 
     O critério utilizado é a presença ou não de gametas.
  • Reprodução Sexuada ou Gâmica - Com a presença de gametas, permite a recombinação de genes, aumentando a sobrevivência de uma espécie e sua variabilidade genética.
  • Reprodução Assexuada ou Agâmica - Não possui a presença de gametas, logo não há recombinações de genes nem variabilidade genética. Todos os organismos descendentes de um organismo-mãe é morfologicamente e geneticamente idêntico, porém podem ocorrer mutações genéticas.
Tipos de Reprodução Assexuada

     Genericamente ocorrem de duas maneiras: divisão ou brotamento.
"Reprodução" por cissiparidade. 
  • Cissiparidade, Bipartição, Divisão Binária ou Divisão Simples - Ocorre em seres unicelulares, e consiste em uma divisão celular simples, podendo ser:
    • Transversal - no sentido de menor eixo.
    • longitudinal - no sentido de maior eixo.
    • Irregular - sem sentido.
A cissiparidade que há em seres unicelulares plurinucleados chama-se plasmotomia.
Reprodução por brotamento
  • Gemiparidade ou Brotamento - O corpo do organismo-mãe forma um broto ou gema, que pode vir a se destacar e formar um novo organismo isolado ou ficar aderido e formar uma colônia.
  • Gemulação - O organismo (esponja marinha) produz gêmulas que se mantem em estado latente. Quando o meio sofre uma grande variação e volta a se estabilizar as gêmulas saem do estado de latência e formam novos indivíduos.
  • Esporulação - Semelhante a gemulação, mas com esporos e ocorre em fungos, bactérias e algas.
  • Politomia ou Divisão Múltipla - O núcleo da célula se fragmenta e cada fragmento é envolto por uma porção do citoplasma e membrana. Por fim cada fragmento irá originar um novo ser. Há dois tipos:
    • Esporogonia - Há um processo sexuado seguido de um assexuado.
    • Esquizogonia - Há apenas o processo assexuado.
  • Esquizogênese ou Laceração e Regeneração - O organismo sofre múltiplas fragmentações traumáticas seguidas de regeneração. Cada fragmento dará origem a um novo organismo.
  • Estrobilização - O corpo do animal é multissegmentado transversalmente e cada segmento libera um novo ser. Apresentam metagênese ou alternância de gerações (reprodução onde há uma fase sexuada e uma assexuada).
Tipos de Reprodução Sexuada

     Ocorre com a presença de gametas, células haploides ou n (células que carregam metade do material genético do organismo), especializadas em reprodução, formadas por um processo de divisão celular denominado meiose. Com exceção dos gametas as demais células são diploides ou 2n (carregam todo o material genético do organismo), originam se de fecundação (zigoto) ou de um processo de divisão mitótica e são chamadas de células somáticas.
     Normalmente os gametas são produzidos em órgãos especializados denominados gônadas. As masculinas são os testículos que produzem espermatozoides e  as femininas são os ovários que produzem óvulos.
     Os indivíduos ainda são separados por:
Hermafroditas
  • Monoicos, hermafroditas ou bissexuados - apresentam os dois sistemas reprodutores funcionais.
  • Dioicos ou unissexuados - apresentam apenas um sistema reprodutor funcional, sendo então ou fêmea ou macho.
Fecundação

     É todo processo de união entre núcleos de dois gametas um feminino e outro masculino, a este processo da-se o nome de cariogamia, singamia ou anfimixia.
     Em alguns animais ocorre a polispermia, que é quando mais de um espermatozoide penetram o mesmo óvulo. Em outros ocorre a monospermia, quando um espermatozoide penetra o óvulo, em ambos os casos apenas um espermatozoide ira fecundar o óvulo (realizar a cariogamia).

Classificações 

  • Quanto ao número de indivíduos:
    • Autofecundação - Ocorre em alguns hermafroditas e sempre em apenas um organismo. É quando o gameta masculino fecunda o próprio gameta feminino. Para evitar este processo na natureza ocorre a diferenciação de maturação das gonadas (dicogamia), podendo ser a masculina primeiro (protandria) ou a feminina primeiro (protoginia).
    • Fecundação Cruzada - Podem ocorrer em qualquer organismo que produza gametas, porém serão necessários dois organismo, um para doar o espermatozoide e outro para doar o óvulo.
  • Quanto ao local:
    • Fecundação Interna - Ocorre no interior do corpo da fêmea.
    • Fecundação Externa - Ocorre fora do corpo da fêmea.
  • Quanto ao desenvolvimento:
    • Indireto - Há a presença de um estágio larval entre a fase de ovo e a adulta, pois há uma deficiência nas reservas energéticas do ovo. Alguns classificam a fase de larva como a fase nutritiva e fase adulta como a reprodutiva.
    • Direto - Não há estágio larval.
  • Quanto ao local da fecundação e ao desenvolvimento:
    • Ovulíparos - Fecundação e desenvolvimento externo.
    • Ovíparos - Fecundação interna e desenvolvimento externo.
    • Ovovivíparos - A fêmea retem o ovo em seu corpo e libera-o com o desenvolvimento embrionário já concluído.
    • Vivíparos - A fêmea retem o embrião até o seu desenvolvimento completo, protegendo-o e mantendo uma relação trófica com ele.
Tipos de Reprodução Sexuada    

     Ela pode ser do tipo autogâmica quando os gametas forem originados do mesmo indivíduo ou heterogâmica quando os gametas são de indivíduos diferentes, esta ainda pode ser isogâmica (gametas morfologicamente iguais) ou anisogâmica ( gametas morfologicamente diferentes).

Formas Especiais de Reprodução Sexuada

  • Partenogênese - o óvulos e desenvolve sem a presença do espermatozoide, portanto sem fecundação, possuindo assim apenas os genes maternais, entre eles ainda há os tipos:
      • Arrenótoca - forma apenas machos.
      • Teliótoca - gera somente fêmeas.
      • Deuterótoca - pode gerar tanto fêmeas quanto machos.
  • Neotenia - comum em estágio larval. Há espécies que apresentam dois períodos de maturação sexual: um na fase jovem ou larval e  outra na fase adulta. Esse fenômeno denomina-se dissogenia.
  • Poliovulação - a fêmea libera simultaneamente dois ou mais óvulos que serão fecundados no mesmo período, gerando gêmeos fraternos que possuem material genético diferentes.
  • Poliembrionia - a formação de um único ovo, que, posteriormente, origina dois ou mais indivíduos, apresentam material genético "idêntico". Em alguns casos onde não há a separação completa dos gêmeos, origina-se os siameses.
  • Conjugação - ocorre em procariontes, onde não há meiose e portanto sem gametas, verifica-se apenas a duplicação de parte do material genético, que é transferido de um ser doador  para outro ser receptor.
  • Metagênese ou Alternância de Gerações - o processo de reprodução é composto de duas fases uma sexuada e duas assexuadas, ao longo das gerações.

  • Estrutura Celular

    Estrutura Celular


    Comparativo entre célula vegetal e animal
    Célula animal e vegetal

    • Tamanho - A maioria é microscópica, mas há algumas macroscópicas como fibras, algumas algas e células nervosas humanas.
    • Forma - Podem possuir ou não uma forma fixa. A forma da célula mais comum é a esférica, mas o que de fato define sua forma é a sua função, as células vizinhas a ela e a sua determinação genética.
    • Lei de Spencer, relação entre o volume e a superfície celular - A superfície celular varia com o quadrado da dimensão linear e o volume com o cubo da mesma dimensão (em resumo, sua superfície deve ser igual ao seu tamanho² e seu volume igual ao seu tamanho³, ex: a célula possui tamanho = 2, logo sua superfície é 2² = 4 e o volume é 2³ = 6 ) . Se a relação se quebrar isso ira gerar um desequilíbrio e a célula ira entrar em estado de mitose (divisão celular).
    • Classificação segundo o tempo de vida da célula:
      • Lábeis - Ciclo vital curto, possui uma grande capacidade de divisão e são pouco especializadas.
      • Estáveis - Ciclo vital médio, sofrem diferenciação na fase embrionária e possuem capacidade de se dividir quando necessário.
      • Permanentes - Ciclo vital longo, alto grau de especialização e mesmo que possam se regenerar, perdem a capacidade de reprodução.
    • Lei de Driesch ou lei do volume celular - Ela afirma que o volume celular é constante nas células de um mesmo tecido em indivíduos de igual espécie e em mesma fase de desenvolvimento, não interessando o tamanho deles. 
    • Células eucariontes - apresentam citoplasma envolto por uma membrana celular e núcleo envolto pela carioteca. No citoplasma ficam todas as organelas, preenchendo o hialoplasma ou citosol. O núcleo é formado, alem da carioteca, pelo nucleoplasma, cromatina e nucléolo.
    • Principais diferenças entre células animais e vegetais:
      • Parede celular - Exclusiva de vegetais, da uma maior proteção e resistência à célula.
      • Plastos - Exclusiva de vegetais, são pigmentos ou material de reserva, sendo os mais importantes os cloroplastos, pigmento fotossintético.
      • Vacúolo de suco celular - Vegetais, promovem o equilíbrio osmótico.
      • Amido - Material de reserva vegetal.
      • Plasmodesmos - Vegetais, canais de proteínas que facilitam a comunicação entres células vizinhas.
      • Centríolos - Pode aparecer em vegetais inferiores, mas estão ausentes nos superiores, formam cílios, flagelos e auxiliam na divisão celular.
      • Lisossomos - Animais, são bolsas que contém enzimas digestivas de material orgânico.


    Metodologia Científica e Citologia


    Metodologia Cientifica


         O combustível principal para uma descoberta científica é a curiosidade. Por anos a curiosidade veio acompanhada pela observação e criação de conhecimentos, ma estes eram populares, ou seja, não eram testados. Uma boa explicação científica busca além de descrever o fenômeno, procura também saber as consequências de sua ocorrência. A Ciência é algo até novinho, século XV e XVI, que foi quando a humanidade iniciou o Renascimento. Um método científico segue algumas etapas:
    • Observação - Visualizar um fato, mas de modo crítico, fazendo perguntas e tentando entende-los.
    • Identificação de um problema - Após a observação crítica, isolar o problema que se quer resolver.
    • Elaboração de hipóteses - É uma tentativa ou várias tentativas para tentar resolver o problema da fase anterior.
    • Dedução - Tendo as hipóteses criadas, aqui serão escolhidas as que possam ser testadas.
    • Experimentação científica - Tendo as hipóteses passiveis de testes, nesta etapa é isso que acontece-rá, sob condições controladas e idênticas ou muito próximas da situação real observada. Logo cada experimento é de certa forma específico para sua hipótese.
    • Conclusão - Após o teste da dedução através de novas observações ou experimentos, é possível tirar conclusões, que podem confirmar ou rejeitar a hipótese.
    • Publicação - Um estudo que seja descrito detalhadamente, mas de linguagem simples, e que possa ser refeito, pode ser publicado em revistas científicas especializadas.
    Citologia



         Citologia é o estudo da célula. A célula é a menor porção da matéria viva dotada da capacidade de autoduplicação independente.
    • Descoberta da célula - 
    Primeiro microscópio simples criado pelos holandeses Hans e Zacharias Janssen

      • Final do século XVI - holandeses Hans e Zacharias Janssen constroem o primeiro microscópico.
      • Utilização do microscópio para investigações biológicas por Antonie van Leeuwenhoek, o microscópio possui apenas uma lente e é chamado de simples.
    Microscópio composto de Robert Hook
      • Robert Hook, constrói o microscópico compostos, possuis duas lentes, e foi o primeiro a observar algo que ele chamou de célula, mas na verdade o que foi visto foram as paredes celulares de células vegetais de cortiça
    • Teoria Celular - Dois cientistas alemães, Mathias Schleiden e Teodor Schwann, em 1838-1839, elaboraram a hipótese de que todos os seres vivos são formados por células, e isso foi a base para a teoria celular. Em 1855, Rudolf Virchow afirmou que toda célula se origina de outra célula, Omnis cellula e cellula. Em 1950 estudos mostraram que os vírus não possuíam células.
    • Classificação dos seres de acordo com as células -
      • Acelulares - seres que não possuem células.
      • Células incompletas - Podem sintetizar DNA e RNA e possuem uma  membrana seletiva, mas não conseguem se autoduplicar sozinha, o que as torna um parasita intracelular obrigatório.
      • Células completas - Podem ser procariontes (sem núcleo bem definido e com ausência de diversas organelas) ou eucariontes (com núcleo bem definido e presença de grande parte das organelas celulares)

    sábado, 24 de janeiro de 2015

    Vírus


    Vírus

    Características Gerais

         Como regra geral os vírus apresentam um tamanho muito reduzido, sendo possível sua visualização apenas por microscópio eletrônico. São constituídos por dois tipos de componentes químicos: ácido nucleico (DNA ou RNA) e proteína. São acelulares ou seja sem células, logo isso os torna parasitas intracelulares obrigatórios.
         Uma vez invadida uma célula, esta passa a trabalhar sob comando do vírus, mas esta relação vírus-célula é algo bem específico, existem diversos tipos de células em inúmeros seres vivos e um vírus próprio para cada um, normalmente. Fora de uma célula os vírus sofrem uma cristalização, denominada genericamente de virion, nesta forma ele fica em estado latente vindo a se ativar novamente quando invadir uma célula.

    Estrutura 

         São constituídos basicamente por:
    Estrutura Viral
    • Capsídio - envoltório composto de proteínas específicas para cada vírus, tem função protetora e identifica a célula alvo, facilitando também sua invasão. Alguns vírus ainda possuem uma segunda camada protetora de moléculas de lipídios e de glicoproteínas sendo assim denominados de envelopados ou capsulados, essas substâncias são originadas a partir das membranas das células que os geram.
    • Ácido Nucleico - DNA ou RNA.
         Ao conjunto capsídio e ácido nucleico dá-se o nome nucleocapsídio.

    Reprodução

         Após invadir uma célula a reprodução ocorre em duas etapas: duplicação do material genético e a síntese de proteínas do capsídio.
    • Cabeça - cápsula proteica que guarda o DNA ou RNA.
    • Cauda - fibras de fixação na célula, são específicas para determinada célula.
         Ao encontrar a célula hospedeira as fibras se fixam a sua parede celular ou membrana celular, dependo do tipo de célula. A cauda pode penetrar a célula por ações enzimáticas e dentro lançar seu DNA ou RNA. Uma vez dentro da célula o DNA assume controle (com o RNA, antes ele é transcrito para DNA, pela enzima transcriptase reversa, para dar continuidade ao processo, a estes são chamados de retrovírus), com isso a célula passa a produzir DNA, cabeça e cauda viral, depois de tudo pronto inicia-se um processo de montagem. Cerca de 30 minutos depois da invasão a célula esta cheia de novos vírus, que usando enzimas líticas destroem a célula e infestam o organismo invadindo outras células.
         Este seria um resumo genérico da reprodução viral, mas há ainda dois tipos de ciclos:

    • Ciclo Lítico: O vírus reconhece  a célula hospedeira e a invade, pode entrar por completo ou apenas injetar seu ácido nucleico. Infiltrado utiliza as organelas da célula para duplica seu material genético que em seguida sera colocado dentro de novos capsídios, montando assim novos vírus. Quando tudo estiver pronto ocorrerá o processo de lise celular, a célula irá se romper e liberará os novos vírus no organismo para que mais células sejam infectadas e todo o processo se inicie novamente.
    • Ciclo Lisogênico: É bem semelhante ao primeiro caso, mas após a infiltração do vírus na célula, ele entra em estado de latência viral. Neste momento nenhum prejuízo é trazido a célula. Quando o organismo, da pessoa por exemplo, estiver debilitado, o vírus sai do estágio de latência e passa a continuar sua reprodução. Em outras palavras é um vírus oportunista, espera para atacar.
    Esquema dos ciclos reprodutivos virais.


     

    sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

    Introdução à Biologia


    Introdução à Biologia

         A Biologia trata de estudar tudo que direta ou indiretamente esteja relacionado à existência do fenômeno da vida e aos seres vivos em geral. Esse estudo se processa desde o nível molecular até as relações entre os seres vivos e deles com o seu meio.

    Áreas de Estudo da Biologia


    • Citologia - Estuda tudo relacionado à célula;
    • Histologia - Estuda tecidos que compõem um organismo vivo;
    • Embriologia - Estuda a formação e o desenvolvimento do embrião;
    • Fisiologia - Estuda o funcionamento de células, tecidos, órgãos ou sistemas;
    • Anatomia - Estuda a estrutura e a forma de células, tecidos órgãos e sistemas;
    • Zoologia - Estuda os animais;
    • Botânica - Estuda os vegetais;
    • Taxonomia - Estuda a classificação dos seres vivos;
    • Genética - Estuda a hereditariedade e suas variações;
    • Evolução - Estuda as mudanças que os seres vivos sofrem ao longo do tempo e suas causas;
    • Ecologia - Estuda as relações entre os seres vivos e deles com o meio em que vivem.
    Características gerais dos seres vivos

         Atribuir uma definição de vida é algo impossível. O máximo que podemos falar sobre vida é suas características que se apresentam em comum entre os seres ditos vivos, as principais são:

    • Composição Química: São os elementos químicos presentes na matéria viva, exemplo: carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. As moléculas orgânicas apresentam ainda um maior peso molecular que as moléculas inorgânicas. Outra parte a se ter em mente é que, em média, 80% do corpo de um ser  vivo é água, 1% de sais minerais, 14% de proteínas, 3% de lipídios, 1% de carboidratos e 1% de ácidos nucleicos.    
    • Organização Celular: A célula é uma unidade estrutural e funcional de qualquer ser vivo, sejam eles unicelulares ou pluricelulares.
    • Metabolismo: É um conjunto de reações químicas que permitem a transformação e o uso de matéria e da energia. Podem ser anabólicas, quando há um conjunto de reações de síntese (formação) e armazenamento de energia ou  podem ser catabólicas, quando há análise (quebra) e liberação de energia.
    • Reprodução: Todo ser vivo tem a capacidade de gerar seres de mesma espécie, podendo ser de maneira assexuada (sem gametas) ou sexuada (com gametas).
    • Crescimento: Permite o aumento e crescimento físico do organismo, podendo ser em volume ou em número de células. Seres não-vivos possuem aumento físico por superposição de material.
    • Hereditariedade: Podem transmitir informação genética a seus descendentes.
    • Evolução: Podem sofrer modificações para uma melhor adaptabilidade ao meio, processo este sofrido através de mutações, que são mudanças de certa forma aleatórias ocorridas no organismo, sendo para o bem ou para o mau.
    • Reação: Possuem a capacidade de perceber estímulos do meio e reagir (irritabilidade), reações estas que se monitoradas por um sistema nervoso, chama-se de sensibilidade.
    • Regulação: São homeostáticos, ou seja, possuem um equilíbrio entre eles e o meio.
    • Movimento: Podem mudar de posição, em relação a um ponto referencial, deslocamento.
    Classificação dos seres vivos

         O atual sistema de classificação proposto em 1960 por Whittaker é dividido em cinco reinos:
    • Monera
      • Unicelulares
      • Procariontes
      • Autotróficos por fotossíntese ou quimiossíntese
      • Heterótrofos
      • Ex. bactérias, algas e cianobactérias
    • Protistas
      • Unicelulares
      • Eucariontes
      • Autótrofos por fotossíntese
      • Heterótrofos
      • Ex. protozoários e algas unicelulares 
    • Fungi
      • Unicelulares e pluricelulares
      • Eucariontes
      • Heterótrofos
      • Ex. cogumelos, bolores e leveduras
    • Metaphyta(Vegetal)
      • Maioria pluricelular
      • Eucariontes
      • Autótrofas por fotossíntese
      • Ex. algas vermelhas, verdes e pardas; briófitas, pteridófitas, gimnospermas  e angiospermas
    • Metazoa (Animal)
      • Pluricelulares
      • Eucariontes
      • Heterótrofos
      • Ex. invertebrados e vertebrados

    terça-feira, 20 de janeiro de 2015

    Reino Plantae ou Metaphyta

    Reino Plantae ou Metaphyta

         Pertencem a este reino praticamente seres pluricelulares e autótrofos, cujas células possuem parede celular a base de celulose, detalhe este que a difere de outros reinos que também possuem parede celular, possuindo ainda organelas clorofiladas, chamadas de cloroplastos.
    Estrutura do Cloroplasto
         Além de apresentarem nutrição autotrófica, alguns tipos de vegetais apresentam nutrição heterotrófica, é o caso de plantas carnívoras ou insetivorias, há ainda plantas denominadas parasitas, pois possuem uma estrutura radiculada chamada haustórios que penetram no caule de outros vegetais e sugam sua seiva. Quando a seiva a ser sugada for bruta, serão denominados hemiparasitas, se ela for elaborada serão holoparasitas, estes são uma exceção no reino vegetal, pois não apresentam clorofila, são aclorofilados. Alguns autores utilizam para alguns vegetais a denominação mixotrófica, que é quando o vegetal é autotrófico, mas utiliza um meio heterotrófico para obter alimento para sobreviver.
    Fixação de um planta parasita em uma planta hospedeira.

           Como já visto a parede celular é a base de celulose. Além de fornecer uma certa proteção a célula, ela tem uma grande importância em processos osmóticos. Como o gradiente de concentração dentro da célula é alto, é normal a água entrar, processo este denominado turgescência ou turgência, a parede impede que a célula venha a explodir se romper.
         Os cloroplastos são organelas presentes em alguns seres eucariontes, são responsáveis pelos fenômenos de fotossíntese. São considerados como vegetais, modernamente, algas superiores, briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.
            Para se classificar as plantas usa-se três critérios:
    • O tipo de estrutura reprodutiva;
    • Presença ou não de órgãos verdadeiros formados por tecidos;
    • A presença ou não de vasos de condutores de seiva.
         O primeiro critério foi proposto por Eichler em 1883, que dividia os vegetais em criptógamos, vegetais sem órgãos reprodutivos macroscópicos, e em fanerógamas, com a presença de órgãos reprodutivos macroscópicos.
          Uma vez que as criptógamas apresentavam órgãos reprodutivos microscópicos, sua reprodução se da basicamente por água. A água não transporta gametas, ela facilita que ambos se encontrem. Quanto as fanerógamas, como já apresentam flores seu modo de reprodução é diverso e depende do modo de dispersão de pólen ou de polinizadores, exemplo: flores mais cheirosas e coloridas podem atrair mais insetos para que estes façam a polinização delas. Outra diferença é que este grupo apresentam sementes, podendo ela ter ou não fruto. A semente é um conjunto de proteção e nutrição para o embrião em seu interior, garantindo assim uma maior probabilidade de germinação.
          A definição de órgão verdadeiro é aplicado quando ele é formado por três tipos de tecidos. Os vegetais conhecidos como talófitas, os únicos representantes deste grupo são as algas superiores, seu corpo é um talo e não um caule, não apresentam órgãos verdadeiros em nenhuma fase de sua vida. Ela apresenta estruturas não diferenciadas que substituem, em parte, as funções dos principais órgãos vegetativos tradicionais (raiz, caule e folha). Estas estruturas "substitutas" são chamadas de:

    • Rizóide - substitui a função fixadora das raizes;
    • Caulóide - substitui a função sustentadora do caule;
    • Filóide - substitui a função fotossintética das folhas.

         Vegetais que apresentarem ao menos um órgão verdadeiro durante toda sua vida passa a ser chamado de cormófito. O grupo de vegetais conhecidos como briófitas (musgos) são considerados um grupo de transição entre talófitas e cormófitas.
          Como ultimo critério, vasos de condução, os vegetais são denominados avascularizados (sem) e vascularizados (com). Tendo ou não os vasos de condução, todo vegetal apresenta seiva.  nas avasculares ou atraqueófitas, a seiva passa de célula a célula, por processos de osmose e difusão, isso faz com que sejam muito pequenas (musgos) pegue 500 pessoas e um único garçom distribuindo o churrasco, algo me diz que o ultimo não vai comer, logo a fila de 500 pessoas irá se reduzir a umas 10, sendo assim ela terá um tamanho pequeno. As vasculares ou traqueófitas, possuem este vaso por onde a seiva percorre o corpo vegetal, isso possibilita um maior desenvolvimento de seu porte pegue as mesmas 500 pessoas e troque o garçom por uma esteira que passa churrasco continuamente, no fim até o ultimo come, frio, mas come.

    Algas Superiores

    Algas verdes.
    • Clorófitas ou Algas Verdes (chlorophyta)
      • Grupo mais diversificado entre as algas;
      • Apesar de sua maioria ser pluricelular ainda há representantes unicelulares;
      • Aparecem em água salgada, doce ou em ambientes úmidos;
      • Podem apresentar outros pigmentos de outras cores diferentes da clorofila.
    Alga vermelha.

    • Rodófitas ou Algas Vermelhas
      • São todos pluricelulares, macroscópicos e marinhos;
      • Apresentam clorofila, mas predomina o pigmento ficoeritrina (vermelha);
      • Comercialmente podem fornecer carragin e ágar.
    Algas marrons

    • Feófitas ou Algas Pardas  
      • São pluricelulares, macroscópicas e geralmente marinhas;
      • Caracterizam-se por atingir comprimentos com cerca de 50m;
      • Várias espécies possuem bolsinhas de ar que facilitam na sua flutuação;
      • Apresentam, além da clorofila, a fucoxantina (marrom)

    Briófitas


    Briófitas

         São vegetais de pequeno porte, vivem em lugares úmidos e sombreados. Podem aparecer submersas ou flutuando na água doce. São avasculares, o que justifique seu pequeno porte.

    Pteridófitas


    Pteridófitas

         São os primeiros vegetais na escala evolutiva que apresentam vasos condutores de seiva. Possuem adaptações para sobreviver em ambiente terrestre, mas para que sua reprodução ocorra necessita de água. Algumas espécies são epífitas, vivem sobre outros vegetais, ma sem parasita-los.

    Gimnospermas


    Gimnospermas

         Possuem porte relativamente bem desenvolvido, possuindo o maior representante a sequoia. Vivem em regiões temperadas cujos solos não apresentam grandes quantidades de água. Suas flores são reunidas em cachos ou inflorescência, também chamadas de estróbilos, possuem como agente polinizador o vento.

    Angiospermas

    Angiospermas

         São divididas em duas subclasses: monocotiledôneas e dicotiledôneas. A principal característica aqui é a presença de frutos envolvendo a semente. Características utilizadas para separação:

    • Cotilédones - são estruturas nutritivas que se encontram abaixo da casca e tem por objetivo nutrir o embrião nos primeiros dias.
    • Feixes vasculares - vasos condutores de seiva, xilema ou lenho que conduzem  a seiva bruta e floema ou líber que conduzem a seiva elaborada.
    • Raízes - pivotante que apresenta uma raiz central de onde partem as raízes secundárias outro tipo é o fasciculada que não apresentam uma raiz central.
    • Folhas - podem apresentar algumas características a serem observadas
      • nervuras - paralelas ou ramificada.
      • Bainha e pecíolo - algumas folhas apresentam o pecíolo que é uma espécie de cabinho  entre a bainha e a folha, em outras a folha é ligada direto na bainha.
    • Flores - É observado o numero de elementos que a compõe (pétalas, sépalas e órgãos reprodutores)
    Quadro comparativo entre monocotiledôneas e dicotiledôneas.

    Reprodução Vegetal

           A reprodução vegetal pode envolver tanto processos assexuados como sexuados, em alguns caso os dois tipos se alternam em um ciclo.
         Na reprodução assexuada há a participação de um único ser que dá origem a outros seres geneticamente idêntico, esse meio de reprodução pode ser de maneira natural (cissiparidade ou esporulação) ou artificial (estaquia, enxertia, mergulhia e alporquia).
         Na reprodução sexuada aparecem células gaméticas que possuem a capacidade de gerar seres geneticamente diferentes após sua fecundação. Os gametas são células haploides (n), ou seja, possuem metade do material genético que outra célula não reprodutiva terá. os gametas são classificados como:
    Diferença entre os gametas vegetais
    • Isogâmicos - gametas masculinos e femininos iguais e ambos se deslocam no processo de fecundação;
    • Anisogâmico ou Heterogâmico - os gametas possuem tamanhos diferentes, mas ambos ainda se deslocam para realizar o processo de fecundação;
    • Oogamia - os gametas são completamente diferentes e o masculino é o único móvel.
     Ciclos Reprodutivos Vegetais

    Lembrete sobre divisões celulares:
    Diferença entre mitose e meiose
    • Mitose - "produção" de células com a mesma quantidade de carga genética (uma célula mãe 2n ira gerar duas células filhas também 2n, assim como, uma célula mãe n irá gerar duas células filhas n).
    •  Meiose - o objetivo aqui é que a célula fique com metade da carga genética (uma célula mãe 2n terá duas células filhas n), geralmente gametas fazem este tipo de divisão celular
         A denominação 2n ou diplóide significa que a célula possuem material genético em pares, um da "mãe" (gameta feminino) e um do pai (gameta feminino). Quando se fala haploides ou n são células que não possuem este pareamento, carregam apenas os cromossomos vindos de um dos gametas.
    Ciclo Haplobiôntico
    • Ciclo Haplobiôntico (Haplonte) - Os adultos são haploides (n), portanto os gametas não precisam passar por processos meióticos. Após a fecundação forma-se um zigoto 2n, que quando iniciar seu processo de crescimento as células 2n sofreram processos meióticos, tornando-as n, e dai em diante todas as divisões celulares serão do tipo mitose. Com isso o ser inicia 2n e se "transforma" em n quando o corpo estiver completamente formado.
    Ciclo Diplobiôntico
    • Ciclo Diplobiôntico (Diplonte) - Os adultos aqui são diploides (2n), para iniciar os processos reprodutivos as células gaméticas sofrem meiose (para que fiquem n) após a produção de gametas n e da fecundação, originará um zigoto 2n que ira crescer e iniciar um novo ciclo.
    Ciclo Haplodiplobiôntico
    • Ciclo Haplodiplobiôntico (Metagênese ou Alternância de Gerações) - Ela é dividida em duas partes de um mesmo ciclo: Gametófita, fase sexuada, o corpo do adulto é haploide (n) e ocorre a produção de gametas; Esporófita, fase assexuada,o corpo do adulto é diploide (2n) e ocorre a produção de esporos. Iniciando pela fase gametófita, os adultos produzem gametas que quando fecundados formam um zigoto 2n, este zigoto ira crescer e desenvolver como 2n iniciando a fase esporófita, antes de produzir esporos, estes sofreram meiose (2n > n), onde os esporos caírem iram germinar um novo individuo n que dará inicio a outro ciclo gametófito quando adulto, fechando assim o ciclo.
    então:
         No primeiro ciclo o adulto é n, gametas são n e o zigoto é 2n, que logo sofre meiose, essa meiose se chama meiose zigótica ou inicial.
       No segundo cilo o adulto é 2n, gametas sofrem meiose e são n, o zigoto é 2n, essa meiose é gamética ou terminal.
         No terceiro ciclo, os adultos gaméticos são n e produzem gametas n, o zigoto aqui será 2n, em seguida ele dará origem a um adulto 2n que por mitose ira produzir esporos n, que por sua vez irão originar adultos gaméticos n.

    sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

    Reino Fungi

    Reino Fungi

         Por muito tempo classificados como plantas, pois não havia estudos aprofundados de microscopia, cientistas levavam em consideração para esta classificação o fato de eles serem imóveis, possuírem parede celular e a reprodução na maioria das vezes é por esporos, entretanto só eram conhecidos os fungos com chapéu (cogumelos). Por outro lado alguns cientistas apontavam características que deixavam os fungos mais próximos dos animais: não possuem clorofila, logo não fazem fotossíntese, são heterótrofos; o material de sua reserva (glicogênio) de energia é diferente do das plantas (amido). Estas e outras características  apontavam uma necessidade de criar um novo reino para estes seres, reino fungi.
        Como um reino eles possuem algumas características fundamentais:
    • Podem ser unicelulares ou pluricelulares;
    • São eucariontes;
    • São aclorofilados, ou seja sem clorofila. Sua alimentação é basicamente por absorção;
    • A digestão é feita fora do organismo, e só então o substrato é absorvido;
    • Sua reserva de energia se apresenta na forma de glicogênios;
    • Suas células possuem um revestimento externo a base de quitina, a parede celular das plantas é a base de celulose;
    • Habitam lugares úmidos e sombreados e de preferencia rico em material orgânico. Por este motivo podem ser parasitas ou patogênicos, é o caso da ferrugem na agricultura, micose, sapinho e leucorréia nas pessoas;
    • São decompositores, degradam material orgânico.
     Estrutura


    Estrutura corporal de um cogumelo.

         Os fungos multicelulares apresentam o corpo em forma de talo que é constituído por filamentos denominados hifas, esses filamentos formam um falso tecido (pletênquima) que é chamado de micélio.
         A reprodução destes seres é mais frequente por meio assexuado: brotamento, fragmentação ou formação de esporos, sendo que estes últimos é mais comum nos fungos microscópicos e seus esporos podem ficar suspenso no ar até encontrar um local adequado para germinar. Há ainda alguns fungos que se reproduzem de maneira sexuada,  fungos macroscópicos, onde a junção de hifas formam uma estrutura formadora de gametas (gametângio). Apos isso será formado um zigoto que dará origem a um novo ser geneticamente diferente.
         Alguns fungos ainda podem ter efeitos neurotóxicos e alucinógenos (LSD e chá de cogumelo). Outros auxiliam no processo de fermentação, importante para a produção de bebidas alcoólicas, pães e bolos e alguns tipos de queijos. Alem de tudo isso eles ainda podem ser utilizados  para alimentação (champignon e shiitake) e outros para a produção de medicamentos que o caso da penicilina (antibiótico).

    Classificação

    Classificação dos fungos.


    • Mixomicetos: possuem aspecto gelatinoso e movimentos ameboides, por estes motivos alguns cientistas os classificam como protistas. Durante sua reprodução, em um dos estágios, constituem um plasmódio (o zigoto divide seu núcleo diversas vezes sem dividir a célula).
    • Eumicetos: são desde unicelulares até pluricelulares de chapéu. São subdivididos em três classes:
      • Ficomicetos: mofos e bolores
      • Ascomicetos: leveduras, Penicillium e Aspergillus.
      • Basidiomicetos: cogumelos de chapéu e orelhas-de-pau, classificados como os mais evoluídos.
    Associação com outros seres vivos

    Líquens, associação de fungos e algas


    • Líquens ou Líquenes: é uma associação mutualística (relação onde os seres envolvidos se beneficiam) entre fungos e algas. Enquanto os fungos coletam todos os nutrientes, as algas (clorofiladas) realizam a fotossíntese. Sua reprodução é por fragmentação, cada fragmento contem tanto fungos quanto algas, a estes fragmentos da-se o nome de sorédios. Vale lembrar que eles não podem ser considerados uma verdadeira espécie. Os líquens são ótimos pioneiros ambientais (iniciam a povoação de uma área por seres vivos) e ainda são indicadores de poluição, uma vez que ela é prejudicial a seu desenvolvimento.
    • Micorrizas: são associações mutualísticas entre fungos e raízes de plantas. os fungos aumentam o poder de absorção de água e de sais minerais para a planta e ela realiza a fotossíntese.   
    Quando associadas a raízes de fungos, eles ajudam na fixação de nitrogênio e facilitam a absorção de nutrientes.